A minha boca, musgo ressequido
Ao sentir água nova
Fará do vale estéril de meu corpo
Margens do Nilo,quando ressurreitas.
De meu ventre nascerão flores rubras
Eriçando seu garbo a céu aberto.
Minhas entranhas de água s dormidas
Rolarão ao fragor dos grandes rios,
E todos os sentidos destilados
Afogarão a sede secular
De meu pobre deserto sem oásis.
O meu tempo de água, fez-se à vista.
As miragens de meus olhos sofridos
Estão cristalizadas.
Aprendi mitigar todas as sedes
E quero que me bebas.
Anna Maria Dutra de Menezes de Carvalho
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