terça-feira, 6 de abril de 2010
RÉQUIEM - trecho
"Por silêncio não seja enclausurada
a verdade de quem retém o verbo
e que reviva a voz em que me ergo
a palavra bendita e proclamada
nem por receio à vaidade insana
não negue à boca a força concedida
pois é missão a messe desta vida
dizer do lume que refaz a chama"
Anna Maria Dutra de Menezes de Carvalho
a verdade de quem retém o verbo
e que reviva a voz em que me ergo
a palavra bendita e proclamada
nem por receio à vaidade insana
não negue à boca a força concedida
pois é missão a messe desta vida
dizer do lume que refaz a chama"
Anna Maria Dutra de Menezes de Carvalho
PROLIXO
Nem minha mesa se fará cama
como este vinho nãos será meu sangue
nem o meu pão transmuto corpo exangue
à tua fome lei que isto reclama.
Não serei a reserva presumida
ao calendário vago por descaso
eu não nasci mulher por puro acaso
e nem por fêmea sou prostituída
Não me terás como se tem a preço
qualquer mercadoria desejada
a tua fome será saciada
pela formalidade eu reconheço
como a sede que trazes sem regalo
neste vinho invulgar será sanada
além da ceia não te oferto nada
só a promessa que em silêncio calo
Se voltares por causa a teu sustento
repetirei o mesmo ritual
neste processo enfático e formal
de te dar na comida o alimento
embora no desejo submerso
eu quisera morar na tua fome
embriagada ao vinho do teu nome
insaciado a sede de meu verso.
Anna Maria Dutra de Menezes de Carvalho
como este vinho nãos será meu sangue
nem o meu pão transmuto corpo exangue
à tua fome lei que isto reclama.
Não serei a reserva presumida
ao calendário vago por descaso
eu não nasci mulher por puro acaso
e nem por fêmea sou prostituída
Não me terás como se tem a preço
qualquer mercadoria desejada
a tua fome será saciada
pela formalidade eu reconheço
como a sede que trazes sem regalo
neste vinho invulgar será sanada
além da ceia não te oferto nada
só a promessa que em silêncio calo
Se voltares por causa a teu sustento
repetirei o mesmo ritual
neste processo enfático e formal
de te dar na comida o alimento
embora no desejo submerso
eu quisera morar na tua fome
embriagada ao vinho do teu nome
insaciado a sede de meu verso.
Anna Maria Dutra de Menezes de Carvalho
TROVA
Teu corpo, teu tédio, teu cio, meu asco
em mim teu remédio, em mim o teu frasco
Em ti meu desprezo, meu ódio, meu não
o meu ventre teso perdendo a razão
Em mim o redondo da fértil maçã
em mim o que escondo da coisa mais sã.
Depois o teu sono suando animal
e eu me buscando lavada e vestal.
Em ti o teu fim em válido preço
e eu sobre mim em meu recomeço.
Anna Maria Dutra de Menezes de Carvalho
em mim teu remédio, em mim o teu frasco
Em ti meu desprezo, meu ódio, meu não
o meu ventre teso perdendo a razão
Em mim o redondo da fértil maçã
em mim o que escondo da coisa mais sã.
Depois o teu sono suando animal
e eu me buscando lavada e vestal.
Em ti o teu fim em válido preço
e eu sobre mim em meu recomeço.
Anna Maria Dutra de Menezes de Carvalho
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