segunda-feira, 16 de novembro de 2009
BALADA DA MOÇA MORTA
Eu sou a pedra que brotando o pranto
Chorou pelos teus olhos ressequidos.
Sou flor de fragilíssimos tecidos
Deixando-se esmagar por teu espanto.
Eu sou a hora sem ritmo preciso
Liberta dos relógios opressores,
Terapêutica de todos os doutores
Desenganada aos males que agonizo.
Eu sou a fantasia hereditária
A um clã metafísico agregada,
Ao museu da ilusão fui condenada
Em deslumbrante eça mortuária.
Eu sou Alice no país do conto
Abraçando seu gato sonolento,
A embalar em ti, o teu tormento.
E buscando buscar teu desencontro
E na repetição tumultuosa
Da insipidez da vida repetida,
Eu sou uma quimera oferecida
A solfejar o prólogo da rosa.
E deste amor demais que a ti conforta
Eu povoei teu mundo em curto instante,
E descobriste vida palpitante
Em minha invalidez de moça morta.
Anna Maria Dutra de Menezes de Carvalho
Chorou pelos teus olhos ressequidos.
Sou flor de fragilíssimos tecidos
Deixando-se esmagar por teu espanto.
Eu sou a hora sem ritmo preciso
Liberta dos relógios opressores,
Terapêutica de todos os doutores
Desenganada aos males que agonizo.
Eu sou a fantasia hereditária
A um clã metafísico agregada,
Ao museu da ilusão fui condenada
Em deslumbrante eça mortuária.
Eu sou Alice no país do conto
Abraçando seu gato sonolento,
A embalar em ti, o teu tormento.
E buscando buscar teu desencontro
E na repetição tumultuosa
Da insipidez da vida repetida,
Eu sou uma quimera oferecida
A solfejar o prólogo da rosa.
E deste amor demais que a ti conforta
Eu povoei teu mundo em curto instante,
E descobriste vida palpitante
Em minha invalidez de moça morta.
Anna Maria Dutra de Menezes de Carvalho
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